Nunca li, nem pretendo ler. Nunca ofereci, nem pretendo oferecer. Vou deixar de falar a quem mos tentar emprestar ou dar. Falo da Margarida Rebelo Pinto. Podem dizer-me «ah, e tal, só lês se quiseres, e porque é que as pessoas não podem ver o big show sic se quiserem, e não sei quê». Tudo muito bem, mas aqui está a explicação sobre o porquê de não ler aquilo. Nunca.
[visto e lido via The Estrogen Diaries. obrigada, meninas, uma vénia JPG]
13 comments:
Genial! Eu sabia que havia um motivo (um? milhões!) para nunca ter lido. Nem mais uma linha!!!
Bacci!!!
A critica é excelente! Nunca li nem nunca hei-de ler muito menos depois deste texto...
O que a Margarida Rebelo Pinto tem é uma grande sorte de viver à custa de copy/paste sempre do mesmo livro!
Eu li o «Não há coincidências», confesso. Opá, estava numa casa «emprestada» não tinha mais nada para ler, a tv estava Kaput e as insónias n me deixavam dormir. Decidi arriscar. Como as expectativas já eram baixas, não me chocou. História fácil, fácil e cheia de clichés. Realmente a gaja é de fazer copy/paste, já percebi e esta crítica está realmente excelente. Eu dei o benefício da dúvida. Li para poder criticar. A minha conclusão: já tive a parte que me toca e não quero mais, obrigada.
Eu confesso que nunca li nada da Margarida meramente por preconceito. E o preconceito é tão grande que nem vou ler sobre justificações para não ler. Mas admito que é uma vergonha. Ter preconceitos é tão feio.
Mas sem querer desculpar a Margarida, a verdade é que a técnica do copy paste é muito utilizada, mesmo a nível internacional. Eu apenas li "O Código de Da Vinci", mas quem lê a descrição desse e dos "Anjos e Demónios" fica com a ideia de que a história é a mesma. Uma outra autora de Ficção Científica de que até gosto, a Elizabeth Moon, faz a mesma coisa nos seus livros. As histórias têm sempre os mesmos contornos, depois o que muda são as personagens e as situações específicas. Quando os escritores encontram uma fórmula que funciona repetem-na porque paga. O mesmo se vê na música, vidé Cramberries. Outro exemplo que não me orgulho de referir são os filmes do Van Damme. O rapaz é sempre irmão de alguém que foi morto em circunstâncias inaceitáveis e depois azar, lá tem de se vingar e matar uma data de gajos à porrada.
É assim, a vida. A imaginação é algo que vale muito e se paga bem, precisamente porque existe em poucas quantidades. E as fórmulas que funcionam uma vez são espremidas até ao último pingo.
ou então mataram-lhe a mulher e os filhos, portuga. a fórmula é sempre a mesma, de facto.
Sobre o dan brown, que já li, também é verdade: a estrutura do Anjos e Demónios e do Código Da Vinci é igual: capítulos curtos, começa com uma chamada telefónica, há uma gaja, há um twist final. Enfim.
Mas o que mais me chocou na MRP e até surpreendeu foi a repetição de FRASES INTEIRAS! Ideias eu ainda comia na boa, agora as mesmíssimas palavras é que não há pachorra.
Pois, Pim, também pensei baixinho pra mim «eu sabia, eu sabia!»
Frases inteiras?!?! Essa não me passava pela cabeça.
Frases inteiras é a Rebelo Pinto, pois. Aliás o senhor que fez a crítica até descobriu PÁGINAS iguais no MESMO LIVRO. A sério, vale a pena ler aquilo.
Este "post de opinião" está espalhado pela blogosfera inteira!!!!
Vou ter que admitir que li o Sei lá! Fiquei um bocado mal impressionada, mas como era para passar o tempo não liguei muito. Até ao dia que resolvi comprar o "I'm in love with a popstar" para uma prima mais nova. Tinha o livro em casa à espera de ser oferecido, ainda não estava embrulhado e resolvi espreitar para ver que tal era. Resultado???? No dia seguinte fui comprar outro presente para a minha prima! Fiquei com vergonha de lhe dar algo tão mau!!!!!
pois está! Já fui a vários e deparei-me com ele.
E fizeste bem, acho que a tua prima agradeceu!
e também está no 24 horas de hoje, ou ontem
tens razão, mais vale assim. Eu guardo pra mim o direito de não ler. Mas lá que a brigada do Farenheit 451 fazia ali um bom serviço, fazia :-)...
Já li livros da Margarida Rebelo Pinto. Não me lembro de qual mas sei que não fiquei com vontade de conhecer o resto dos livros que lançou para o mercado.
Fiquei indiferente.
Contudo, não consigo achar motivos para tamanha indignação.
Depois de se ler a crítica de João Pedro George, não persiste nenhuma dúvida sobre a qualidade de escrita de Margarida Rebelo Pinto. Há de facto algo de muito embaraçoso na mediocridade da sua escrita. Risível até.
Mas, por isso mesmo, porquê continuar a bater no ceguinho?
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