Sunday 20 November 2005

Innocent pela estrada fora

Já aconteceu a todos ir na estrada e não apetecer sair na placa certa. Não virar à direita e seguir pelo rumo certinho, sabendo que no final às vezes alguém espera por nós. Outras vezes, apetece seguir em frente por isso mesmo, porque não apetece ir ter com quem nos espera. E decidimos ir embora.

Por aqui, e depois de uma viagem de carro com rumo definido e sem desvios, eu e o Lunatic - que regressa como convidado especial - pusemos cabeças à obra (puxando pela costela Hornby/High Fidelity) para tentar encontrar a banda sonora que marcaria a nossa fuga. As cinco músicas que nos embalariam no adeus sem palavras. Eu encontrei as minhas - mais uma vez, aquelas de que me lembro hoje, nem sei se há definitivas - , o Lunatic, as dele, que estão mais abaixo.

Bem sei que com cinco músicas não se iria longe... mas o que interessa é mesmo ir.

As minhas:

All along the watchtower (Jimmy Hendrix)
Bullet with butterfly wings (Smashing Pumpkins)
Born to run (Bruce Springsteen)
You are (Pearl Jam)
Águas de Março (Tom Jobim com Elis Regina)


(foto olhares)

19 comments:

Pim said...

Assim de repente há duas sobre as quais nem hesito:

Bohemian Rapsody (Quenn)
Black (Pearl Jam)

Mais logo seguem as restantes três. Vão exigir reflexão.
Siga!

innocent bystander said...

xiii, o bohemian entrava se em vez de cinco fossem dez! o Black estou a guardar pra outra listinha... me aguarde!

bonifaceo said...

A Black é um bocado melancólica, apesar de eu adorar, mas prefiro músicas mais agressivas, desse género, o grunge...
Tipo:
spin the blck circle, outshined, them bones, breed... acho que nem é preciso dizer os nomes das bandas...!

bonifaceo said...

Mas por acaso só tenho uma k7 no carro e nem costumo ouvir, é mesmo rádio, o que costuma ser uma azia, porque raramente dá alguma coisa que realmente goste, e acho que isso também ajuda às vezes à minha falta de paciência ao volante para com certas situações :D.

Bruno Martins said...

Recordo uma viagem solitária que fiz aqui à atrasado à Figueira da Foz. Elegi o "Aenima" dos Tool como companhia. Aproveitando o facto de, na altura ser uma da manhã, acompanhei Maynard James Keenan a plenos pulmões. Até na altura em que ele gritava. Claro que cheguei à portagem e não tinha voz para dizer boa noite. O pedido que fazes aqui é muito complicado. Vai exigir de mim um esforço muito grande. Mas ainda digo algo.

innocent bystander said...

boni: não é preciso não senhor!
Ah, rádio não dá pra ir embora, é preciso uma banda sonora à altura e escolhida por nós para nos empurrar.

acordeonista: agora grito com incubus, mas ainda consigo dizer boa noite. Isto pode parecer complicado, pois, mas acho que não é. Apenas um exercício. E aqui, ao contrário de no mundo por aí, não há deadlines.

innocent bystander said...

cantar, gritar, berrar, é como eu. A única coisa em comum é desafinar.

Pim said...

Pós-reflexão, aí vão as três em falta:

Touch Me (Doors)
Smells Like Teen Spirit (Nirvana)
Paradise City (Guns'n'Roses)

(amiga, nesta coisa dos tops, fico sempre com a ideia de que amanhã vou lembrar-me de outras três mais marcantes ou mais significativas do que estas... Mas pronto, cá ficam)

Vou-me embora, sem destino! E vou bem acompanhado... Siga!!!
Beijokas, linda!!! ;)

innocent bystander said...

claro, isto é o top do dia, não é prá vida inteira!

Jo said...

"immigrant", nitin sawhney - a música de uma viagem sem destino!

Bruno Martins said...

Se fosse para chegar rápido a um sítio:
Paranoid Android - Radiohead
Euology - Tool
Kindian - Primitive Reason
Faded - Ben Harper
Preety Noose - Soundgarden

Se fosse para poupar gasolina:
No surprises - Radiohead
Never Gonna Give you up - Barry White
High Tide or Low Tide - Bob Marley
I Don't Know What It Is - Rufus Wainwright
Minha Senhora da Solidão - Jorge Palma
A Preety Girl Is Like... - Magnetic Fields

Miguel Marujo said...

Como não conduzo, não tenho destas preocupações, de gritarias e rouquidões. Quando acompanho no lugar de morto e faço de dj jogo com a companhia e as novidades da casa. Assim, de repente, "eu quero chocolate", pela Marisa Monte, é música para todas as estações...

bonifaceo said...

Por acaso prefiro gritar em casa, quando não está ninguém numa divisão perto do meu quarto :D. Porque em casa a qualidade do som é melhor e não tenho que me preocupar com a estrada, posso estar deitado, aos saltos, a abanar o capacete, a fazer de conta que se toca aquela grande malha, sem estarmos preocupados com a estrada e se os outros condutores vêm a nossa triste figura. :D

innocent bystander said...

por acaso é uma dúvida que gostava de esclarecer: será que as estradas acabam mesmo?

innocent bystander said...

já escrevi lá no teu, mas cá vai: já conheço uma ou outra coisinha do album anterior, mas tenho alguns problemas que línguas que não conheço... gosto de cantar, mesmo mal. A ver se a música safa

Pim said...

A estrada que me leva à minha aldeia transmontana não tem continuação.A única saída é voltar pelo mesmo caminho... Não sei se serve.

innocent bystander said...

serve pim, serve pois.

Senador said...

Assim de repente escolhia:

"Drive" dos Cars;
"Karma Police" dos Radiohead;
"Whole lotta love" dos Led Zepellin;
"Firestarter" dos Prodigy (se etivesse danado e com pressa!);
O álbum "Grass Roots" todinho do Ashley Beedle para dar tempo de chegar longe...

Bruno Martins said...

Terei lido bem a parte dos Sigur Rós, ó IB? Corre lá para o teu e-mílio, por favor...