Tuesday 27 December 2005

Yeh Jo Halka Halka Saroor Hai

Ando a espalhar Jeff Buckley pelos meus amigos com sucesso. Já vou no terceiro convertido. É o único caso em que gosto que gostem do mesmo que eu, costumo ser um pouco ciumenta com esta coisa das bandas – se eu descubro primeiro, são minhas. No caso dele, não. Adoro impingi-lo e que depois me digam - é mesmo bom. Sorrio. «Claro que é».

Por causa do empresta e torna a emprestar, o Live at Sin-É, Legacy Edition, saiu da prateleira e foi parar ao meu carro. Ainda nunca tinha saído de casa. Redescobri, então, o segundo disco, que começa com o Jeff a conversar com os ouvintes. Alguém pede que toque Nasrat Fateh Ali Khan - «do a nasrat tune». Talvez soubesse que ele era fã, ou não.Ele apressa-se a corrigir o nome – é Nusrat, e confessa que o ouve todos os dias. Conversa muito tempo com o homem, discutem até capas de álbuns. Diz que vai cantar a primeira música que ouviu dele. Improvisa lamentos típicos do quali enquanto se prepara para a canção.

Começa a cantar e o povo ri-se, pensando que está a inventar e a improvisar a letra em paquistanês. Mas não, são mesmo aquelas as palavras. Yeh Jo Halka Halka Saroor Hai, repete. São seis minutos naquilo, coisa séria, e eu só penso: como estará agora a cara das pessoas que se riram no princípio? A meio pede que batam palmas, como nos concertos do homem. Ele agora está algures com o Nusrat, uma vez que também morreu em 1997, improvisando para a eternidade.

Quem nunca ouviu isto, estes seis minutos e nove segundos de pseudo-improviso feito homenagem, está em falta grave.

Yeh Jo Halka Halka Saroor Hai significa, de acordo com a internet, The Day, The Night, The Dawn, The Dusk.

PS: Se alguém tiver por aí o som convertido para internet, pois que avance...

12 comments:

innocent bystander said...

«i know eeeeeeeeeeeeverything about him»! hehehe. És o maior, esdruxulandozinho!

Pim said...

Ainda estou para descobrir como é que o grandioso som deste rapaz de vida dramática me escapou por completo no devido tempo. Mas, pronto, mais vale tarde do que nunca. Por isso, muito agradecido, cara amigaaaaaa!!!
Ass: um dos três convertidos! ;-)

innocent bystander said...

e que bom que é ter o rebanho ao meu lado! a seu tempo lá chegará também este, amigo!

Pim said...

e que bom é andar atrás de si a soltar aqui e ali uns «mééé! mééé! mééé!»
Pronto, fica o primeiro sinal da loucura de final de ano ;-)

Sigéééé!

innocent bystander said...

quero ver esses méeees já amanhã, hem?!

Pim said...

Vou cheio de méééés, amiga! Enquanto não tenho pela frente o brilho ESPELHO dos seus cabelos, estive aqui a treinar alguns méééés em frente ao meu próprio espelho. Se prepare, hem!!!

Miguel Marujo said...

isso de som convertido para internet, não sei o que é, mas tenho várias álbuns de Nusrat, deus maior da música sufi. para ouvir e reflectir...

innocent bystander said...

vários álbuns? granda marujo! som convertido para internet é aqueles mp3, e isso...

Miguel Marujo said...

:) chama-me cota, chama! ;)

Alexandre Pereira said...

Beijo de Natal atrasado, bom ano ainda a tempo. Ass: outro dos convertidos (daqui a nada são mais de três e quero ver como te desengomas)

Bruno Martins said...

Sim senhor pá!
Olha, um grande ano para ti!
Beijos.

innocent bystander said...

eu não percebo nada disto, Marujo! sou info-excluída por excelência!

Xano, my baby: beijo de natal é quando um homem quiser. Outro convertido, sim senhor.

acordeonman: grande ano, pá!