Friday, 9 December 2005

Futebol total - o rescaldo

A trabalhar, não deu pra ir ao estádio. Antes de o jogo começar, auscultei uns quantos amigos com a seguinte mensagem:«Tás com fé? Eu tou cá com umas fezes...(lembrando José Peseiro, apesar de tudo)» Recebi respostas negativas, que sorte era não sermos goleados. E eu: tá bem, com o Nélson a extremo a gente safa-se.
Fui jantar a correr mas mesmo assim sem despachar a tempo de ver o início do jogo.

Recebo mensagem: «quem marcou?» Foda-se, alguém marcou? E foram os maus? Calma, é só 1-0 e eu na mesma cheia de fé. Isto da fé tem que se lhe diga: não é acreditar que alguém lá em cima há-de resolver a coisa a meu favor, mas se estiver alguém lá em cima também deve estar ocupado a tratar de acabar com a fome em África e a guerra no Iraque. Ou então não. Adiante.

A fé vem de acreditar que eles seriam capazes de se transcender, de assumir que não havia nada mais a fazer a não ser vencer perante jogadores que se deveriam considerar normais, e não grandes gigantes da bola.

Já frente à televisão, o empate, depois o 2-1. O Nélson pimba, pimba, Geovanni e Beto como nunca. Êxtase, murros nas mesas e nunca mais acaba, apita lá ó grego de uma figa, sai uma equipa de paramédicos para o Gabriel Alves e o Paulo Catarro.

E pronto, ganhámos como nunca tinha duvidado desde a véspera.Agora continue lá o campeonatozinho.

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