Não me lembro de ter estado tão nervosa como entre o segundo e o terceiro salto da Naide, eram 3h20. Fiquei a olhar para o computador, a abrir sucessivamente páginas, F5, a espreitar o triatlo, o diabo. Não acreditei que falhasse, mas também não tinha acreditado que arriscasse tanto no segundo como no primeiro.
Ela tinha sido a primeira a dizer que um estádio cheio era motivador, ao contrário de outros que tinham medo de ver gente, preferindo se calhar recintos vazios, quem sabe durante um jogo de Liga da U. Leiria, ou que queriam era estar na cama, ou se esqueciam de que estavam ali como atletas e não como espectadores.
Sei bem que para se qualificar para as finais, muitos dos atletas tinham que superar os seus recordes pessoais, como a Sílvia Cruz, que com 59m no dardo tinha que atirar a mais de 61, ou a Vânia, que com 68m precisava de atirar a 71 (!). Mas se há sítio onde isso seria mais possível, mais motivante, seria naquele espectacular estádio, cuidava eu. Mas não, preferem ir para a caminha, ou não estão fadados para «este tipo de competições», como esta vânia. Para casa, então.
Já a Naide, habituou-nos a passar qualificações. A ter marcas melhores do que as referências de passagem. Mas não deu, passou-se. Custou-me. Custou-nos. Daqui a 4 anos, quem sabe, se engole isto tudo que andou por aqui.
Resta-me o consolo, como tão bem li
aqui, dos comentários dos agora separados Luís Lopes e Jorge Lopes, duas razões para eu vibrar com atletismo.