A Radar pregou-me uma partida. Ia eu descansada a conduzir quando oiço Carlos Paredes. álbum de família com Movimento Perpétuo. São 14.30, já vai a meio.
Ali a descer os cabos dávila (é preciso rever este nome rapidamente, aquilo só serve para pendurar um anúncio da media markt) o Tiago Castro fala no Verdes Anos e começo a tremer, nó na garganta, olhos enevoados. Levo a mão ao olho, mas acerto na lente dos óculos de sol. Continua com o álbum. Fecho os vidros, ponho mais alto, vou andando ao som de Mudar de Vida.
Ali a chegar às Amoreiras, o Tiago conta a vida do Carlos. Fama mundial, concertos aqui e ali, hospital de S. José a arquivar radiografias, homem dos mil dedos, mielopatia, último fôlego em 2004. Caem-me umas lagrimitas, nem sei bem porquê. O álbum acaba. Saio do carro e vou para a repartição de finanças da Nespresso.
Adenda: e daqui a bocado é meio-dia de domingo e dá outra vez, com respirações do senhor e tudo.
4 comments:
téu néu néu, néu néu néu, néu néu néu... néu néu, téu néu néu, néu néu...
até consigo gostar da letra.
É por estas e por outras que a Radar é a melhor rádio portuguesa.
A Verdes Anos é linda, até eu fico emocionado, mas sem voz, só instrumental.
lunatic: ai que me arrepio!
bruno: nem mais. Depois tranmitirás um beijinho ao tiago, sim?
boni: izato, sem voz.
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