Tuesday, 22 November 2005
Nem pó!
Mas é que nem pensar!
PS outra vez: quem quiser, que vá ter com ela aqui ao cantinho.
Monday, 21 November 2005
O meu sonho é
E disparar até sair fumo da metralhadora.
PS: e os EZ Special e Toranja e tal
Sunday, 20 November 2005
Innocent pela estrada fora

Por aqui, e depois de uma viagem de carro com rumo definido e sem desvios, eu e o Lunatic - que regressa como convidado especial - pusemos cabeças à obra (puxando pela costela Hornby/High Fidelity) para tentar encontrar a banda sonora que marcaria a nossa fuga. As cinco músicas que nos embalariam no adeus sem palavras. Eu encontrei as minhas - mais uma vez, aquelas de que me lembro hoje, nem sei se há definitivas - , o Lunatic, as dele, que estão mais abaixo.
Bem sei que com cinco músicas não se iria longe... mas o que interessa é mesmo ir.
As minhas:
All along the watchtower (Jimmy Hendrix)
Bullet with butterfly wings (Smashing Pumpkins)
Born to run (Bruce Springsteen)
You are (Pearl Jam)
Águas de Março (Tom Jobim com Elis Regina)
(foto olhares)
...E Lunatic a ir embora

Vou-me embora já. Não te aturo mais, miúda. És passado, passada. Do resto da minha vida levo cinco canções. Podem não ser as melhores, mas devem as melhores para quem vai embora e sabe que não volta. São as minhas cartas de adeus escritas pelos outros.
Running to stand still (U2)
Long as I can see the light (Creedence Clearwater Revival)
Just like Tom Thumb’s Blues (Bob Dylan)
Everybody’s talking (Harry Nilsson)
Brown sugar (Rolling Stones)
Não é que eu queira saber, és passado. Mas se te fosses embora agora querias ir-te embora a ouvir o quê?
Lunatic on the grass
(foto daqui)
Saturday, 19 November 2005
Da série a poesia dele é melhor do que a minha ao sábado à tarde (II)

Parading in a wake of sad relations as their shoes fill up with water
And maybe i'm too young to keep good love from going wrong
But tonight you're on my mind so you never know
When i'm broken down and hungry for your love with no way to feed it
Where are you tonight, child you know how much i need it
Too young to hold on and too old to just break free and run
Sometimes a man gets carried away, when he feels like he should be having his fun
And much too blind to see the damage he's done
Sometimes a man must awake to find that really, he has no-one
So i'll wait for you... and i'll burn
Will I ever see your sweet return
Oh will I ever learn
Oh lover, you should've come over
Cause it's not too late
Lonely is the room, the bed is made, the open window lets the rain in
Burning in the corner is the only one who dreams he had you with him
My body turns and yearns for a sleep that will never come
It's never over, my kingdom for a kiss upon her shoulder
It's never over, all my riches for her smiles when i slept so soft against her
It's never over, all my blood for the sweetness of her laughter
It's never over, she's the tear that hangs inside my soul forever
Well maybe i'm just too young
To keep good love from going wrong
Oh... lover, you should've come over
Cause it's not too late
Well I feel too young to hold on
And i'm much too old to break free and run
Too deaf, dumb, and blind to see the damage i've done
Sweet lover, you should've come over
Oh, love well i'm waiting for you
Lover, You Should`ve Come Over, Jeff Buckley
Porque no dia 17 de Novembro terias feito 39 anos.
Escuteiros? O dia até me estava a correr bem...
Ao fundo das escadas, muitas criancinhas, dos seus sete, oito anos.
Vestidinhas de azul e meias.
Escuteiros, pois.
«Veste o casaco», diz o instrutor ou monitor ou lá como se diz.
«Não!», responde um miudo.
«Veste! Um lobito não se ouve a si próprio, não tem lembras? Ouve quem?», responde.
Não fiquei para ouvir a resposta do petiz, só porque me fez confusão esta ideia de carneirada, dos miudos que não podem nem devem pensar por si próprios. Pensei que andar nos escuteiros até ajudava um miudo a ser auto-suficiente e desenvencilhado.
Nunca gostei de escuteiros, nem aquilo das fardas, mas sobretudo da ideia de usar meias e calções no inverno. Só podia ter piada aquilo de aprender a fazer nós, mas mesmo assim desconfio.
Daí a citação dos Gato Fedorento no título e a certeza de que nenhum filho meu se vai meter nestas coisas. Nem nisto nem nas tunas.
Thursday, 17 November 2005
Um mister também chora
Agostinho Oliveira e Ricardo Quaresma, no estádio do Bessa, depois da vitória por 2-1 sobre a Suíça em sub-21, 16 de Novembro de 2005
foto AP/Paulo Duarte
Tuesday, 15 November 2005
Selo, camarada
Por acaso não costumo acertar e ela até traz coisas nos dias em que não pergunto. Como hoje.
Tenho na mão a edição do selo dos CTT dedicado a Álvaro Cunhal. Ou melhor, a «pagela» (nem sei o que é), em edição bilingue, com uma pequena biografia e um selo de 30 cêntimos e outro de um euro. Eu que já nem escrevo cartas, apreciei. É pra guardar.
Monday, 14 November 2005
O estranho regresso
Há alguma tristeza por deixar o local e a felicidade por regressar, mas por outro lado uma certa estranheza: a nossa rua está igual, mas o trânsito parece diferente, a cidade anda noutro ritmo, o dinheiro também é outro e todos falam a nossa língua.
Demora uma diazito a voltar ao normal.
Thursday, 10 November 2005
Wednesday, 9 November 2005
Para variar
Tuesday, 8 November 2005
O chá
Um chá de jasmim para nós os dois. É exótico, é bom, e descobri uma lojinha pequena que vende baratinho. Ponho então a água a ferver. Ao lume, claro, cá nada de pressas com o microondas.
Fico perto do fogão a ver a água aquecer, um pé no chinelo, outro fora, por cima dele. Não falamos. Tu estás sentado atrás de mim, de robe. Cabelo penteado, como sempre, olhos azuis a reluzir. E eu nem acredito que estás aí. Só te oiço respirar e acabar o cigarro.
O fervedor começa a chiar. Abro o pacotinho, diz que deve ficar em infusão cinco minutos e eu gosto de respeitar esse tempo. Dizes que já te cheira a qualquer coisa, olho para trás e sorrio.
Não estava preparada, não havia nada para jantar. Tem de ser só o chá, disse eu. Escolheste tu - branco, preto, verde, limão, verbena. Jasmim, paraste no jasmim.
A água já ferve, os pacotinhos estão lá dentro. Escolho eu o filme. Pode ser um dos teus.
para o L, hoje.
Monday, 7 November 2005
Sunday, 6 November 2005
Só mais uma coisinha
Saturday, 5 November 2005
Da série a poesia dele é melhor que a minha ao sábado à tarde
Lembra-me um sonho lindo
Quase acabado
Lembra-me um céu aberto
Outro fechado
Estala-me a veia em sangue
Estrangulada
Estoira no peito um grito
À desfilada
Canta rouxinol canta
Não me dês penas
Cresce girassol cresce
Entre açucenas
Afaga-me o corpo todo
Se te pertenço
Rasga-me o ventre ardendo
Em fumos de incenso
(...)
Fausto, Lembra-me um sonho lindo
Ouvir aqui
Friday, 4 November 2005
Atenção... por favor... observação - MTV, o day after
Nota: escrevo isto sem ver outros blogues, pelo que se houver repetições, peço desculpa.
Todo o meu entusiasmo pela cerimónia dos prémios foi correspondido logo nos primeiros minutos, mas a minha emoção foi-se desvanecendo ao longo do programa. Não é alheio o facto de ter estado com uma bruta enxaqueca, mas pude retirar isto:
positivo:
- Madonna, Madonna, Madonna. A música com o beat dos ABBA é espectacular, o número todo dela também. Foi um excelente começo para o programa e, para mim, o momento mais alto. A segunda entrada em cena, para dar o prémio ao Bob Geldof foi também exemplar, até quando mandou calar o pessoal que gritava por baixo dela, exclamando que «ainda tinha mais coisas para dizer»
negativo:
- o apresentador. Para mim foi fraquíssimo o Borat, especialmente na rábula do Freddy Mercury. Piadas foleiras, que muita gente não percebeu. Só teve um pequeno arremedo de piada durante a actuação dos Foo Fighters
- a fatiota da Sónia Tavares. O agradecimento foi bonito, mas havia necessidade de ir vestida com um lençol e uma chanata de ir à vizinha do lado pedir um ovinho? Não admira que tenham cortado logo...
Falhei a maior parte das minhas previsões - não contava com o sucesso dos Green Day na Europa, mas pelos vistos o rock-cotonete ainda vende. A Gwen Stefani saiu sem nada, os U2 também não se percebe. No geral não me preencheu por completo.
Wednesday, 2 November 2005
Façam as vossas apostas
A azul está quem eu gostava que ganhasse
a vermelho quem eu acho que vai ganhar.
Não percebo o que está ali a fazer a Mariah Carey, mas pronto.
Melhor Álbum
"The Massacre" - 50 Cent
"American Idiot" - Green Day
"X&Y" - Coldplay
"Love.Angel.Music.Baby" - Gwen Stefani
"How To Dismantle An Atomic Bomb" - U2
Melhor Artista Hip-Hop
Snoop Dogg
50 Cent
Akon
Missy Elliott
Kanye West
Melhor Banda
Coldplay
Green Day
Gorillaz
Black Eyed Peas
U2
Melhor Artista R&B
Alicia Keys
Mario
John Legend
Usher
Mariah Carey
Melhor Artista Masculino
Moby
Robbie Williams
Snoop Dog
50 Cent
Eminem
Prémio Revelação
Kaiser Chiefs
Akon
James Blunt
Rihanna
Daniel Powter
Melhor Artista Pop
Robbie Williams
Gorillaz
Shakira
Gwen Stefani
The Black Eyed Peas
Melhor Canção
"Signs" - Snoop Dog feat. Justin Timberlake
"Speed of Sound" - Coldplay
"Galvanize" - Chemical Brothers
"Feel Good Inc." - Gorillaz
"You're Beautiful" - James Blunt
Melhor Artista Rock
Coldplay
Green Day
U2
Franz Ferdinand
Foo Fighters
Melhor Artista Alternativo
Bloc Party
Goldfrapp
Beck
System of a Down
White Stripes
Melhor Artista Feminino
Shakira
Alicia Keys
Gwen Stefani
Mariah Carey
Missy Elliott
Melhor Videoclip
"What You Waiting For" - Gwen Stefani
"Feel Good Inc" - Gorillaz
"E-Pro" - Beck
"Believe" - Chemical Brothers
"Keine Lust" - Rammstein
Melhor Artista Português
Blasted Mechanism
Boss AC
Da Weasel
Humanos
The Gift
Tuesday, 1 November 2005
Do Bétis desde pequenina, pá!
E o salero e a movida e as espanholas!
E o jantar tarde!
E o huevos revueltos e as espinacas com garbanzos!
E os desayunos à fartazana!
E a Macarena!
E o Bétis 1- Chelsea zerooooooooooooooooooooooooooooooooo!
A (re)descobrir Cazuza
A vida é tão desconhecida e mágica
Que dorme às vezes do teu lado
Calada
Calada
Pra que buscar o paraíso
Se até o poeta fecha o livro
Sente o perfume de uma flor no lixo
E fuxica
Fuxica
Tantas histórias de um grande amor perdido
Terras perdidas, precipícios
Faz sacrifícios, imola mil virgens
Uma por uma, milhares de dias
Ao mesmo Deus que ensina a prazo
Ao mais esperto e ao mais otário
Que o amor na prática é sempre ao contrário
Que o amor na prática é sempre ao contrário
Ah, pra que chorar
A vida é bela e cruel, despida
Tão desprevenida e exata
Que um dia acaba
Cazuza, Ritual
Monday, 31 October 2005
Brasilian wax
Inda ontem, num episódio do Sexo e a Cidade, as meninas mudaram de cidade e foram até LA. Uma delas mudou também o sexo: a Carrie foi à depilação e saiu de lá sem nada. Queixou-se do frio, disse que estava... careca. A Samantha perguntou se não lhe tinham deixado nem uma pistazinha de aterragem. Nada.
Pessoalmente, não penso arriscar isso da cera. Nas férias a gente faz um esforço para o biquini, mas penso que sou de ficar por aí. Afinal de contas, ter lá os pêlos é, também, um sinal de que já somos mulheres. Sem dúvida que é capaz de ser mais cómodo para quem tiver a sorte e o engenho de andar por lá com a boca, mas será assim tão relevante?
Tinha dito que este, a par das meias, era um tema de conversa entre a malta. Uns preferem o clássico triangulo, outros até gostam de ver outras formas, outros não enjeitavam experimentar a carecada.
Ao mesmo tempo, fiquei a saber que o fio dental já não é aquilo tudo que a gente pensa que é. Eles - vocês - agora gostam é de boxer feminino (já fui comprar um par, pra não dizerem que estou desactualizada). Verdade? Aquele assim agarradinho, e tal.
Resumindo: o brasilian wax não é pra mim, quanto mais não seja pela danada da comichão que deve dar quando o pêlo começar a crescer. Não fica nada bem a gente andar-se por aí a coçar ao nível dos botões das calças. Não é nada bonito.
As minhas apologias
De lá para cá não me ficou provado o contrário, mas até ouvi uma musica na rádio e pensei «é gira e parece o Dave.. Ná, não pode» E não é que era mesmo?
Por outro lado, ele disse quais eram os discos da vida dele à Visão, e escolheu o Grace, do Jeff Buckley. Ora eu não posso deixar isto passar em claro. Desculpa lá David, és um granda gajo. Talvez continue a não te ouvir, mas és um bacano. Beijinho.
I'm in the mood to obey
(...)
They got this and that and
With a rattle a tat
Testing one two,
Now whatcha gunna do?
Bad news, misused,
Got too much to lose
Gimme some truth
Now whos side are we on?
Whatever you say
Turn on the boob tube
Im in the mood to obey
So lead me astray by the way, now
(...)
Excerto de Good People, Jack Johnson, em In Between Dreams
Sunday, 30 October 2005
Quando havia lado B

Houve, obviamente, uma altura em que o minha maior colecção era de cassetes e lembro-me do orgulho que foi quando já não tinha espaço para as guardar na mesma prateleira. Dizem que é do signo, mas sempre me deu para as fazer bonitas, com as lombadas escritas a computador e numeradas. Para os números usava, claro, os papelinhos que vinham nas caixas, com as indicação de lado A e B.
Recuperava as enroladas: ia buscar uma chave de fendas do meu pai e desenrolava-a pacientemente com uma bic – boas para isto pelo formato.
Os decks de cassetes da minha aparelhagem, que tem 12 anos, estragaram-se pelo menos há cinco, pelo que nunca mais gravei nada: nem cassetes de «música variada», que me demoravam uma tarde inteira a fazer, nem da rádio.
Herdei algumas e passaram para o carro. Mudei de carro há dois anos e perdi também o autorádio de cassetes, passando a ter cd. Morreram as cassetes. Ou quase. Estão guardadas em caixas, não tenho onde as ouvir, mas também recuso-me a deitar fora. É música. É minha.
Quando comprar cds passou a ser uma coisa possível mais amiude do que antes, fiz um esforço para renovar algumas delas, como os Pearl Jam ou os Doors, mas, por exemplo, os Alice e Chains ficaram para trás. Só tenho o «Unplugged» porque foi prenda de natal. Acho que nunca pus a mão no «facelift», mas ouvi vezes sem conta a conbinação SAP/Jar of flies. O Dirt deve estar na cassete cento e tal e aquele do cão com três pernas também nunca ouvi (excepto as que estão no MTV). É pena, espero um dia poder fazer justiça a isto e comprar os cds.
Ou então não e até lá vem o natal.
Saturday, 29 October 2005
Friday, 28 October 2005
Idioteque *
No rádio Idioteque, «this is really happening». Acaba, desculpa, desculpa, recomeça. Noites sem dormir, manhãs na praia, hamburgueres às quatro da tarde. Cássia Eller ao acordar. Vertigem. Cansaço mas do bom.
A5 para trás e para a frente. Macaquinhos na barriga. Papoilas à beira da estrada. Cama apertada, t-shirt emprestada. Liga-me para eu acordar. Idioteque, repeat, Idioteque.
Estou com a vertigem a querer latejar. Volta, cansaço.
* (Idioteque, Radiohead, Álbum Kid A)
Thursday, 27 October 2005
Meias e isso: porque sim
Mas achei que precisava de um homem para explicar isso do encanto de uma gaja de meias e que ficava melhor se fosse um homem amigo em quem confio para o fazer.
Ele aceitou e aqui fica um pedido meu feito texto dele. Espero que gostem.
«Tu na cama comigo de meias calçadas és mais minha que das outras vezes e não percebes. Com essas bolas desenhadas nesse fundo azul e nada mais vestido, misturas duas coisas.
Primeiro fazes sem saber de actriz de filme de série D de orçamento barato, não tens sapatos calçados mas tens quase.
Depois, com essas meias que te ofereci és mais minha que das outras vezes. Porque os sapatos que usas toda a gente pode ver na rua, mas as tuas meias são tuas e minhas nestes bocadinhos. As meias são a oscilação perfeita e pendular entre «o fazer amor» e a queca que não dá tempo para tirar a roupa.
E depois, porque eu sou assim e penso nestas coisas, se estiveres completamente nua estás tão despida de tudo que talvez até te dispas de mim e isso eu não quero.»
Lunatic on the Grass
Viagem-relâmpago
- Testemunhar finalmente um dia de sol na Invicta;
- Estar ao pé da pantera do estádio do Bessa;
- Comprar o Vivo dos Clã, a Arte de Cazuza e o Asterix (ao qual voltarei) na Fnac de Sta. Catarina
E, last but not least
-saber qual é a varanda da casa do João Pinto e da Marisa.
Monday, 24 October 2005
Atão?!
Em 3º: When doves cry, Prince;
Em 2º: Like a Virgin, Madonna;
Em 1º: Bad, Michael Jackson;
Desculpem??
Então e o Thriller, pá?
Sunday, 23 October 2005
As meias
Debruço-me (sem qualquer conotação sexual) sobre a questão das meias porque surgiu aí numa posta anterior - dos outros assuntos também podemos falar depois, se quiserem.
Tenha pra mim que ver um homem nu com meias calçadas tira a tusa toda instantaneamente. É pouco natural, não faz sentido.
Claro que há excepções – ao caso do Zeka, que tinha as unhas grandes, já lá vamos.
Defendeu um amigo meu que se a coisa estiver muito quente «a gaja nem nota», ou se fôr no carro o que interessa menos é tirar as meias. (Fiquei contente por saber que foi só um dos meus amigos, os outros já estavam a par disto.)
Concordo, no carro é mesmo com a roupa (quase) toda, mas na esmagadora maioria dos casos, o carro é um recurso, é pra despachar, é pra safar. Não é um momento romântico, como as gajas gostam que seja. Se a gente está em casa, se tem tempo para despir o outro ou despir-se para o outro, a meia ganha outro significado, não? E penso que qualquer meia (ok, Zeka?), apesar de reconhecer que uma meia com bonequinhos pode, enfim, ter mais tolerância do que uma mais simples. Sobre meias brancas nem me pronuncio, quero pensar que nenhum de vocês se mete nisso.
Portanto, há uma regra que nem é muito complicada de seguir, amigos: a meia sai logo depois dos sapatos e, em princípio, antes das calças.
Disse que há excepções. Confesso que já levei com unhas grandes (e grandes pontapés de noite com exemplares nas pontas dos pés do pontapeador), mas as meias só entraram em acção depois de nós sairmos. E os joanetes? Enfim, se amamos o outro aguentamos, não é?...
Dúvida (II)
Sim, é giro, e tal
mas
é um artista com boas canções
ou apenas um chato a quem está sempre a acontecer uma grande tragédia?
Friday, 21 October 2005
Duas ou três coisinhas
- irrita-me o Jorge Gabriel. Está em todo o lado a toda a hora, de manhã, à tarde e à noite. Fala com velhinhas, tem um concurso para professores da NASA e ainda vende iogurtes no Jumbo, além de parecer que percebe imenso de bola; Mas não apanhou a minha avó, ela é fiel ao Goucha.
- o Green Wing (SIC Comédia) é das melhores séries que estão aí. Só me chateia que passe à tarde e só consiga ver nas folgas;
- O Frasier (SIC Mulher, 1.40 da manhã) é a minha outra série de eleição, mas eu gosto mesmo é do irmão dele;
- O Público errou mais uma vez - a Oprah resiste!
- bateria, baixo e voz = Morphine. Não é preciso mesmo mais nada.
A queda de um anjo
- ...
- Ai pá, assim perdeste o encanto todo! Não me digas que também pintaste as dos pés?!
- Não. Tá bem isto é vermelho, mas não gostas nem assim de um rosa-pastel?...
- Não! Fogo, porque é que fizeste isso?
- Glup... Desculpa...
E foi assim que eu quase perdi um admirador. Tenho pena.
Ao menos ainda gosta da tatuagem. Não gostas, R.?
Vou ali pintar o cabelo de preto pra disfarçar...
Thursday, 20 October 2005
On the road (II)
Assim, deixo aqui uma listinha para que me digam se vale a pena comprar:
- Boitezuleika;
-Expensive Soul;
- Devendra Barnhart;
- Gentleman;
- Bloc Party;
- James Blunt;
- Kanye West;
Wednesday, 19 October 2005
A maior

Gosto da Oprah. Gosto muito da Oprah, acontecendo o mesmo aos meus amigos homens e mulheres. É um fenómeno global.
Pela mulher que é, pelo desassombro em falar do passado, pelas prendas que dá, pelos raspanetes que passa aos convidados.
A gente assiste com a mesma gula aos programas fúteis (por ex. aquele em que a cadela dela vai ao psicólogo) e aos mais sérios. Ela parece empenhada em todos eles.
Não sei se, sendo americana, veria o programa, ou até se o admitiria. Afinal é o que passa à hora do nosso às duas por três (que é às três e feito por duas pessoas, enfim) ou o Portugal no coração, que por sua vez estão a anos-luz do Oprah show. É mesmo um show. O que é certo é que agora vejo quantos houver. Sim, mesmo os repetidos.
E agora algo épico
Es sind die allerbesten Mannschaften
The main event
Die Meister
Die Besten
Les grandes equipes
The chaaaaaaaaaaaaaaaaaaaampions
Eis o hino da Liga dos Campeões
Dá-me cá um arrepio...
[composição de Tony Britten, a partir de Zadok, de Haendel]
Dizem que ele se portou mal em Inglaterra, que violou uma miuda.
Deixo para vocês o julgamento, recordando apenas que falamos de Inglaterra.
Olha aqui um mister disponível!
"Hitler didn't tell us when he was going to send over those doodlebugs, did he?" - On why he was refusing to name his England team before a World Cup qualifer against Sweden in 1989"
"We didn't underestimate them. They were a lot better than we thought"
"Look at those olive trees. They're two hundred years old - from before the time of Christ!"
"Players never know why they are taken off or substituted - until they become managers"
"Home advantage gives you an advantage."
"In a year's time, he's a year older."
"The first ninety minutes of a football match are the most important"
"We're taking 22 players to Italy, sorry, to Spain... where are we, Jim?" -On whether Paul Gascoigne should have gone to the 1998 World Cup.
"Sarajevo isn't Hawaii"
"Some of the goals were good, some of the goals were sceptical"
Mister Bobby Robson aqui , aqui e aqui
Tuesday, 18 October 2005
Ó seu Scolari, abra a pestana!
E falta muito pra poder ter o Nélson?!
A lua

Gosto de gadgets ali na barra da direita e gosto da lua, por isso fui buscar o moon phases. Não serve para nada, mas gosto da lua, sempre gostei e nestes últimos dias serviu para ver em que dia nasceria a Maria Rita. Curiosamente coincidiu com a lua cheia. Uma maravilha.
Aqui ao lado está uma das imagens mais emblemáticas, que serve de referência ao Viagem à Lua, um filme silencioso de George Melies de 1914. Não é mais do que um tipo com a cara cheia de creme, mas eu acho maravilhoso.
Monday, 17 October 2005
E Pim já é pai
«Eu vou ser menina!», exclamara o Pim, depois de uma ecografia finalmente esclarecedora.
Estava marcada para ontem, e ontem decidiu aparecer.
Adormeci com o telemóvel na almofada, pus o alerta de mensagens no stardard.
Às 5.34 lá veio a notícia, respondi-lhe meio a dormir.
Nome: Maria Rita
Data de nascimento: 17 de Outubro de 2005 (3.53 horas)
Peso: 3.750 kgs
Altura: 51 cm
Profissão: exploradora do mundo
Beijinho, Maria Rita.
Obrigado a todos por terem torcido, ele agradece.
Sunday, 16 October 2005
Um parto anunciado
Ontem ao jantar:
Eu: Deixa lá, Pim, a Maria Rita vai nascer amanhã;
Pim: Pois, é o dia marcado;
À noite estava a dar um concerto de Maria Rita na 2. Era preciso mais algum sinal?
Hoje, 14 horas, sms:
- A Carla está com contracções de 15 em quinze minutos.
Agora lá foram eles, trazer a pequena ao mundo. Sigaaaa!
Ironia
Ela esteve com ele na Covilhã, na mesma salinha, apreciou-lhe... as piadas e deu-lhe nota alta.
Enfim.
Saturday, 15 October 2005
Vermelho, vermelhão
Encher o bandulho
uma fatia de pão de forma;
bacon;
ovos mexidos;
doce de mirtilhos;
manteiga;
sumo;
café.
Olhem, foi o meu pequeno-almoço no IKEA.
Custou um euro.
1 euro.
1.
Depois fui lá dentro e deixámos oitenta (80), mas isso são pormenores.
Friday, 14 October 2005
Se tu quiseres, eu quero (II)

Este, tal como o Johnny Depp, parece agradar tanto a elas como a eles, por isso cá fica, provocado também pela lembrança dele.
Chris Cornell na sua glória pós-Soundgarden.
Preliminares
A gelatina solidificou;
O meu pai arranjou uns vinis com gravações do exército soviético;
posto isto
vou limpar a casa.
Adieu.
Thursday, 13 October 2005
As insónias do outro
Oiçam, eu cagari-cagaró para os Beatles, estão a ver? Já nasci fora da época deles e aqueles penteados não lembravam a menino jesus, mas não gosto é de gente ingrata e foleira.
Diz ali no pessoas, pág 46 do Público, que o John Lennon tinha insónias porque andava preocupado em perceber porque é que as canções do Paul McCartney eram mais populares que as dele. A Yoko Ono respondia-lhe: «Deixa lá, não escreves rimas óbvias. A maioria dos artistas são incapazes de interpretar a tua música».
Ora eu tenho cá uma ideias sobre isso das insónias:
1º - Adormecer com aquela gaja ao lado não devia ser nada fácil;
2º - O McCartney era muito mais giro que ele;
3º - Até o Ringo devia ser mais assediado por gajos que a Yoko.
Por isso, quero dizer à Yoko só uma coisinha: és uma vaca.
Vou ali arrumar uns livros e ouvir Morphine
Wednesday, 12 October 2005
Celebridades
Durante algum tempo trabalhei no edifício de um canal de tv, pelo que me cruzei nos corredores com algumas figuras públicas. Sempre, sempre tive essa vertigem do olá, mas consegui sempre não dar essa mancada.
Tudo isto pra dizer que hoje estava à procura de lugar para estacionar e passou por mim o Ricardo Araújo Pereira. Caminhava lentamente, com um saquinho na mão. Tive uma vontade incrível de abrir a porta do carro e gritar-lhe «entra aí pra gente ir dar uma volta!». No fundo, vontade de saltar-lhe em cima. Aquilo durou só dois minutos, mas caramba, foi intenso.
Tuesday, 11 October 2005
Outras coisas que me tiram do sério
- gente que estaciona a ocupar dois lugares;
- homens que contam piadas porcas baixinho para eu não ouvir mas antes avisam que o vão fazer; [esclarecimento: eu gosto de piadas porcas!]
- o rato deste computador;
[EXTRA - chato mesmo é quando depois das eleições ainda temos de levar com os cartazes na rua!]
Já em DVD
Monday, 10 October 2005
Mais coisas inventadas sem razão aparente
- batatas fritas com sabor a ketchup;
- batatas fritas com ervas;
- pringles com sabor a paprika;
- pringles com sabor a vinagre;
- vinagre;
- tostas mistas já feitas na prateleira ao pé dos iogurtes
- iogurte de tarte;
- iogurte de gelado;
- açorda de marisco congelada;
qualquer dia só faltam mesmo as pastilhas elásticas com uma refeição inteira lá dentro, como se viu na fábrica de Chocolate do Charlie.
2742
Da próxima vez que ouvir alguém na rua a mandar vir, vou parar para pensar se esse meu munícipe não esteve entre 26404 que foram pôr a cruz à frente do nome do homem.
Felizmente não ganhou para a freguesia.
Palavras a entrar-me nos olhos e a saírem pela boca
Mas depois entro no Café Desconcerto, a minha outra casa, e vejo tudo o que não disse e gostava de ter dito, escrito pela minha guru e amigona. Como não quero nem posso copiar, porque ela até sabe onde eu vivo, fica aqui.
Sunday, 9 October 2005
Pronto, o punk lá me ganhou Oeiras
Cheguei a acreditar na Teresa, a sério que cheguei, e reneguei o voto na esquerda para me tremer a mão para o PSD.
Levantei-me às oito da manhã para ir votar, cheguei lá pouco depois das 9. Ninguém à minha frente, fui a primeira na minha folha.
Pela primeira vez fui sondada, 3 três vezes, «era um concelho muito disputado», disseram-me as meninas da intercampus.
Mas não chegou. Assumo.
Merda.
Saturday, 8 October 2005
Ai Portugal, Portugal...
Tiveste um pé na merda, outro no fundo do mar...
Meu rico Nuno Gomes, que já nos safemos!
E Angola também!
Na grafonola toca...
Maybe, it's me, maybe I bore u
No no, it's my fault, cos I can't afford u
Maybe baby, puffy, jay z would all be better for u
Cos all I can do is luv u
Baby when I used to luv u
Theres' nothing that I wouldn't do
I went thru the fire for you, do anything you asked me to
But I tired of livin this lie
It's getting harder to justify
Realised that I just don't luv u
Not like I used to
John Legend, excerto de Used to love u, em Get Lifted
Do you feel lucky, punk?
Afinal o tamanho importa
Friday, 7 October 2005
Lets look at the traila
-Alice
-Os irmãos Grimm
-O Castelo qq coisa, do myiazaki, aquele da Viagem de Chihiro
-O novo Harry Potter
Concluí que:
-O Alice até deve ser um belo filme, mas como a qualquer filme português falta-lhe uma boa promoção. O Nuno Lopes parece ffanstástco, e pelo que já li sobre o filme, deve valer a pena. A promo é toda feita com imagens dele, alucinado. Excertos de críticas no ecrã é que nos vão enquadrando na história. Sabemos que ele perdeu alguém. Eu acho que uma traila tem de ser sobretudo apelativa, e não obrigar-nos a ler muitas frases.
-Entram os irmãos Grimm, com o narrador interminável. Já repararam que é sempre o mesmo homem que narra as trailas dos filmes americanos? Como vai ser quando ele morrer? Aquilo tem acção, tem comédia, tem fantástico, tem a Monica Belucci...
-Passa para o japonês, giro.
-Depois o Harry Potter, entra o narrador.
Em qualquer dos três filmes a seguir ao Alice ficámos a saber a base da história, bastou aquilo estar bem montado.
-Depois há o caso em que as trailas são melhores do que o filme. Aconteceu-me isso com o «Confissões de Schmit», com o Jack Nicholson. Todas as piadas estão concentradas na traila, depois uma pessoa vai ver o filme e aquilo é um longo bocejo. Ainda por cima não podemos curtir as piadas, porque já as vimos antes.
A um amigo meu [ZM, tás aqui!] aconteceu isso com o filme de terror «The grudge»: «As cenas que metem medo vêm na traila e depois... é como um wonderbra com umas mamas velhas...»
Thursday, 6 October 2005
A explicação que faltava (ou não)
[visto e lido via The Estrogen Diaries. obrigada, meninas, uma vénia JPG]
Coisas inventadas sem razão aparente
Decidi experimentar, sou extremamente sensível a publicidade. Mas olhem, deixem já que vos diga, que aquilo nem sequer solidifica bem e sabe ao que parece: a merda.
Wednesday, 5 October 2005
Tiro certeiro
-Liga, liga, só falam de liga. Hoje em dia toda a gente usa collants, pá!
exclama a minha mãe, que dispensa futebol e só torce pela selecção de for com muito jeitinho...
Tuesday, 4 October 2005
Ícone
Parece que só acontecem coisas más em Setembro.
Eras bonito e não interessa se é só por isso que pessoas que nasceram muito depois de teres morrido gostam de ti.
Isto é hereditário. A minha mãe tem uma fotografia tua no interior do roupeiro há muito tempo. Sempre gostei.
Acho chato que não te tenhas importado de viver depressa: acontece que de certeza que não conseguiste deixar um corpo bonito, lá isso não.
Gosto dos filmes, mas também gosto das tuas animações, dos teus desenhos. Eras um artista.
Comprei um livro da taschen que explica fotos, muitas fotos, uma delas esta. Em como nesta reportagem para a Life te deixaste fotografar em Nova Iorque, bem perto do Actors Studio, e depois na tua terra natal, com porcos, cães e outros animais, onde nunca mais voltaste.
Tenho pena que não tenhas vivido mais, tenho saudades dos filmes que não fizeste. Gostava de saber se ao envelhecer ficarias como o personagem de O Gigante, que nem viste estrear.
(James Dean in Times Square, foto Dennis Stock)
Sunday, 2 October 2005
Modo-nonsense
Eu: Queria uma sandes de queijo sem manteiga (sim, tenho que dizer assim porque devo ser uma das únicas pessoas que acha que manteiga e queijo são a mesma coisa mas em estados diferentes)
Menina do balcão: Em pão de forma ou papo-seco?
Eu: Pode ser pão de forma.
Menina: Ah, não temos...
[Isto já foi há muito tempo, mas aconteceu mesmo e hoje era o dia ideal para partilhar]
Saturday, 1 October 2005
Então diz que vai haver um eclipse...
(Bom, já tenho os óculos que sairam na Visão...)
Bands Reunited
Está lá o Holly Johnson dos Frankie goes to Hollywood e lembrei-me de um programa fantástico que o VH1 tem, que se chama Bands Reunited.
Agora tem dado às 11 da manhã, não sei até quando. Nele eles tentam reunir os membros de bandas dos anos 80 para um único concerto. Normalmente dá certo, mesmo que a banda tenha acabado em zanga. É engraçado vê-los a abraçar-se 20 anos depois, parecendo que o ressentimento também ficou lá atrás. Aquilo até pode ser só para as câmaras, mas não dá para deixar de pensar o que teria acontecido se eles não se tivessem separado.
Nesta tentativa de reunir os Frankie, a coisa não foi fácil. Primeiro só os conseguiram juntar numa sala a conversar, mas para o concerto todos concordaram menos o Holly, que se armou em porco. Tive pena pelos outros, que acharam que aquilo os podia aproximar finalmente. Mas normalmente até corre bem, como os ABC e até as Vixen (!). Se bem me lembro, com os New Kids on the Block também não resultou... enfim.
Mais coisas que me tiram do sério
- A nova campanha da TMN mais aquilo do Até Já. Até já o quê?
-Já agora, aquela mensagemzinha que aparece no telemóvel a dizer que o nãoseiquantos nos tentou ligar mesmo que tenhamos sido nós A DESLIGAR o telefone.
- Ter de estacionar cada vez mais longe do trabalho
- O Co Adriaanse
- Escrever na janela do blogger e depois ir tudo abaixo porque o site está em manutenção (como ontem)
Friday, 30 September 2005
Ai não? (II)
Portanto:
Assim de maneira geral, não gosto de Pink Floyd, nem de Rolling Stones, nem da Dulce Pontes nem da Mafalda Veiga. Será apenas um problema de má colocação geracional, sou dura de ouvido ou apenas má pessoa?
Por falar em nomes cool
Cá está, o nome cool por excelência: Tom Barman. Tom e depois Barman. Tom Barman. Lembro-me agora que estive com o CD dos dEUS na mão, que custa à volta de 15 euros e deixei-o lá ficar. Devia estar em transe ou no modo-estupidez...
(foto http://www.studencka.pl)
Thursday, 29 September 2005
Digo e repito
E agora para todos: chega a ser gritante esta mania que os clubes portugueses têm de promover clubes de lado nenhum: é os Artmedias, é os Halmstads, é os Casinos Salzburgs e os Grasshoppers. Irra!
Sou uma vergonha
ACABEI DE CHUMBAR NUM!!
Sinto-me tão info-excluída...
Porra, também as letras eram tão retorcidinhas...
Será impressão minha?






pior é que com 24 aninhos já se foi casar, ó catano!! Mas porquê, man, porquê?
(fotos: Brandon-flowers.com)
Wednesday, 28 September 2005
Glamour
esfregona na mão pela casa fora
(lava tudo com cheiro a kiwi)
volume bem alto e...
Well somebody told me
You had a boyfriend
Who looked like a girlfriend
That I had in February of last year
It's not confidential
I've got potential
Sim, já cá cantam os The Killers!!
Por que homens e mulheres nunca se hão-de entender
Exclama o meu pai depois de ver os meus ténis novos, amarelos/heaven, o segundo par que comprei esta semana.
- ...
Monday, 26 September 2005
Ir à terra (citando o senador)

Ora o senador foi à terra e eu fiquei cheia de inveja e de ainda mais recordações.
Gosto muito de ir à terra. Durante anos fui de comboio com o meu pai, naquelas viagens na linha da Beira Alta que dura uma manhã inteira. Daquelas em que a gente acordava às cinco da manhã, muito tempo depois olhava para o relógio pensando que era tardíssimo e afinal ainda era onze da manhã. Chegando a Nelas, tínhamos de apanhar o autocarro da CP para Viseu, mas pedir para parar perto de Santar, uma vez que não tinha paragem.
Quando se vai a caminho e quase a chegar, um grande palacete que fica ao cimo de uma rampa parece estar no meio da estrada, mas está só à beira de uma curva. A igreja de Santa Luzia marca a entrada da aldeia de Casal Sancho, onde morava a minha avó. Era uma casa de granito, no meio de uma rua cujas traseiras davam para o pelourinho. Ao lado ficava uma casa abandonada, a que chamávamos a casa do homem mau. Hoje, depois de ter sido vendida pelo meu pai, é uma vivenda de três andares, branca. Enfim, só eu sei o choque que me provocou.
O dia mais emocionante - além de um mês inteirinho no verão que metia banhos no Dão, claro - para se passar lá era o domingo de Páscoa. Todos se levantavam bem cedo, vestiam as melhores roupas e esperavam pela passagem do padre, casa a casa, com a imagem do menino Jesus para beijar. Nunca fui religiosa, mas este era um momento de grande frissom. Isso e ter a mesa posta com muita comida.
Só lá podia fazer tudo diferente de Lisboa: passar o dia na rua ou no jardim ou no Outeiro ou a apanhar milho ou figos ou amêndoas na fazenda da minha avó, ou a tomar banhos no tanque, sempre tentanto manter o poço bem longe. Só ia a casa da minha avó para comer, levando os meus primos, ou para ir à fonte encher os cântaros.
Outro grande momento de frissom era quando telefonava a minha mãe ou ou meu pai, no caso de estar lá sozinha. Pouca gente tinha telefone e a minha avó nunca teve. Por isso, a senhora da venda - que era bar e mercearia ao mesmo tempo - vinha a correr chamar a minha avó: «Olhe que o seu filho vai ligaaaaaar!». Íamos as duas a correr. Aquilo ouvia-se mal, mas era uma maravilha, na pequena cabine telefónica que eles tinham improvisado dentro da venda.
Voltava para Lisboa a falar alto, muito alto, fruto de grandes corridas no Outeiro a chamar a malta ou do rés do chão a avisar a minha avó que já tinha chegado. Desde que se levantava, ela passava o dia no andar de cima, quase sempre na cozinha. A chave estava na porta, do lado de fora, podia entrar quem quisesse.
Só saíamos de Casal Sancho para ir ao café, sobretudo ao domingo. Era já num café à beira da estrada, onde me entretia a ver os três dukes. E raro era o dia em que não me cruzava com alguém e me diziam: «Tás a ver aquele? também é teu primo!»
Deixei de lá ir regularmente há uns quinze anos. Um dia, a meio de Dezembro, os meus pais foram buscar-me à escola e a minha mãe disse-me que afinal já não íamos lá passar o Natal. «Percebeste?», disse-me muito séria. Percebi. A minha avó, que um dia me levou à feira de Carvalhal Redondo para me comprar uma pulseira de prata e quase me obrigou a escolher uma - vim depois a descobrir que a minha outra avó já me tinha comprado um fio - faria anos sexta-feira. Beijo, vó.
Saturday, 24 September 2005
E agora para algo completamente cretino
In a Past Life... |
You Were: A Friendly Herbalist. Where You Lived: Peru. How You Died: Typhoid fever. |
Friday, 23 September 2005
Onze dias

(Férias sem computadores obrigam a atrasos involuntários, mas cá vai agora)
O Tomás nasceu faz hoje onze dias. O Tomás nasceu no meu melhor dia de praia, como que assinalando-o.
O Tomás decidiu nascer umas horas antes de ir à consulta
em que lhe iam dizer que estava na hora de vir cá para fora.
Decidiu e veio, afinal até era semana de Liga dos Campeões. O Tomás é filho de um amigo meu.
Os meu amigos começaram há dois anos a rodear-me dos filhos deles. Primeiro o Daniel, depois a Luana, depois o Renato e a todos vejo 100 por cento menos do que devia e queria. Entretanto veio também o Jaime e daqui a pouco a Maria Rita (força nas aulas, Pim!). É bom, é muito bom.
Os filhos dos outros apetecem e dão-nos vontades até então estranhas.
(Lembras-te, Caipira?). Não tenho irmãos, mas já há por aí uns sobrinhos prometidos...
Eu por mim estou à espera de alguém que me queira (e que eu queira) tirar a Marta
da cabeça e fazê-la descer até ao útero e viver.
Thursday, 22 September 2005
Alternativa em Canal Caveira
- uma loja de fotocópias. Juntinho a uma escola e com preços competitivos era dinheiro certo
- fazer rissóis. Sem stresses, uma rede na cabeça e bora lá usar as mãos.
(Numa jogada puramente visionária, até vendia os rissóis ao pessoal que estivesse à espera das fotocópias.)
- ser portageira. Levava o meu livrinho, um aquecedor para os pés, um crochet e boa viagem a quem passa.
Agora junto mais uma:
- fazer bifanas e sandes de queijo de serpa num café em Canal Caveira. A lindeza daquilo começa logo no nome e, felizmente, a terra não perdeu assim tanta clientela como isso com a auto-estrada para o Algarve. A malta faz o desvio que for preciso para ir aviar um cozido (não que eu recomende para quem vai de viagem).
Cool
Já escrevi no Café Desconcerto sobre este senhor, mas tenho de voltar a insistir:
ele é o nome, os óculos, o tom de voz baixo, as sardas,
todo ele é estilo.
Eis David Caruso, malta.
Aquilo pode ser tudo perfeito de mais lá no CSI
e eles até descobrem tudo até à molécula,
mas a gente acredita mesmo que ele quer muito
apanhar o mau e só não lhe dá uma carga de pancada
porque não tá no guião.
bodyboardar
-Olha, não há ondas, não vai dar para a gente surfar...
- Deixa, a gente também não vai surfar, vai bodyboardar! Não é preciso ondas muito grandes.
(...)
- Não viste aquela brasileira que foi competir grávida?
- Pois, o filho dela é capaz de nascer já com um galo. Mas ao menos já sai a saber bodyboardar...
(...)
- Se os das novelas viessem aqui para Altura filmar em vez de ir para o Alvor punham a terra toda conhecida para Portugal e arredores.
- Pois era. Lá fora há muita gente que quer ver os programas de cá. Eu, se fosse emigrante, comprava logo uma TV Cabo...
Se houvesse campeonato...
A oferta de doçaria nas praias está a aumentar. Além das bolas de berlim com creme e sem creme - que para mim são duas espécies – e dos pastéis de amêndoa, agora também se vende jesuítas. Tudo a um euro, que é para ninguém se zangar.
Wednesday, 21 September 2005
Welcome to the cruel world
Já volto.
Friday, 2 September 2005
Sem laço nem nada
Sem computador, sem fios, sem futebol. Só praia e sol e protector solar.
Apetecia-me mudar o template, mas fica para depois.
Beijos e até dia 21, se não fôr antes.
Vêm lá os 27
Tal como ir ao cabeleireiro, não me emociona muito fazer anos. Só me lembro de ter ficado verdadeiramente foto-eléctrica (esta tem direito de autor, mas foi o que me chamaram ontem) quando fiz 10 anos, dez. Talvez pela vertigem de passar para o duplo dígito. Dava-me um ar mais adulto, sei lá. Além disso ia mudar de escola. Lembro-me de estar na cozinha da minha avó a dizer «quem é que faz anos segunda-feira, quem é?»
Há razões para não me emocionar muito, desde logo por fazer anos nas férias, mas já não ser verdadeiramente verão (prova disso é o facto de o jornal onde trabalho ter acabado com a página de verão no dia 31) e ainda não terem começado as aulas. O dia 2 já está próximo do começo das aulas, mas ainda falta qualquer coisa. Por isso, nunca tive festas de anos. Fazer anos para mim era como a passagem de ano, um momento de muita adrenalina durante 10 minutos que depois passa. Pelo menos chegava à escola já com a idade certa.
Aos 13 passei uma grande vergonha, quando os meus pais me levaram a uma discoteca com música brasileira ao vivo e ela foi lá dizer ao homem para me cantar os parabéns. O senhor chamou-me pelo nome e corei muito. O que vale é que aquilo era escuro.
Só fiz uma verdadeira festa para os 21 anos, de minha iniciativa, que valeu uma bebedeira colectiva num restaurante chinês com picante à mistura. Mais uma vez, achei que era uma idade adulta, sei lá. Pior do que tudo é que sempre achei que ter mais um ano ia significar uma mudança de personalidade. Por isso é que aos 12 achei que ia ser o máximo ter 15 ao ver as outras miúdas de 15; quando cheguei lá, não achei nada de especial. Pensei que seria aos 18, mas também não foi uma excitação tão grande como ia esperar. Experiências ao lado, talvez.
Agora percebo que já acabei a faculdade há cinco anos e que já há muito que não sou teenager, mas lembro-me bem do que tinha vestido e do que fiz no dia em que lá entrei. Da primeira vez que vi a Misunderstood; de chegar aos 25 e pensar «agora é sempre a descer, querida»; de comprar creme para o contorno dos olhos para pôr à noite; de pensar no dia em que reparei nas estrias e na celulite e ver fotos em que não tinha; de pela primeira vez ter feito anos no estrangeiro, como aconteceu o ano passado lá nos confins da Eslováquia; daqueles que me telefonaram para lá mesmo assim. Obrigado, beijos a todos, e isto nem sequer me deprime ainda, mas vêm lá os 27.